A crescente taxa de ocupação pediátrica nos hospitais da região, com destaque para a UPA Padre Roberto, em Divinópolis, que chegou a superar 200%, acendeu um alerta sobre a saúde pública em Minas. As doenças respiratórias, que afetam principalmente crianças, têm se intensificado nos últimos dias, com Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana decretando emergência. Em São João del-Rei, a Santa Casa relatou que mais de 90% dos atendimentos pediátricos são de casos leves, que poderiam ser resolvidos nas UBSs.
Diante desse cenário, a Rádio Liberdade FM buscou informações sobre a situação em Barroso. Segundo o Instituto Nossa Senhora do Carmo (INSC), responsável pelo hospital, 30% dos atendimentos no último mês foram relacionados a doenças respiratórias. Entre 14 de abril e 14 de maio, o INSC registrou 586 atendimentos, sendo 363 realizados nos últimos 15 dias. Atualmente, há 6 pacientes internados por complicações respiratórias, entre eles, uma criança. O hospital dispõe de dois leitos pediátricos e atendimento presencial com pediatras 24h. Casos graves são regulados pelo SAMU e encaminhados à Santa Casa de Barbacena.
Larissa Nogueira, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município e responsável por acompanhar os casos de síndromes respiratórias no município, afirmou que Barroso está em estado de alerta, mas sem aumento incomum na procura por atendimento infantil nas unidades. Os fluxos seguem bem definidos, especialmente para casos de síndrome respiratória aguda grave.
Larissa destacou que os vírus mais comuns neste momento são o Influenza A e o vírus sincicial respiratório — mais preocupante em crianças menores de dois anos. Não há aumento de casos de Covid-19 em Barroso ou no estado. A Secretaria de Saúde avalia adquirir testes rápidos para Influenza, a fim de acelerar o início do tratamento com antivirais.