Efetividade da Coronavac em prevenir mortes por covid-19 é de 74% e do imunizante da Aztrazeneca é de 90%. É o que revela um amplo estudo envolvendo pesquisadores das universidades federais da Bahia, de Ouro Preto e de Brasília, além da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a London School e a Fiocruz. Esse estudo foi publicado numa plataforma de pesquisas médicas e ainda está em processo de revisão.
Na pesquisa foram analisados 60 milhões de brasileiros vacinados entre os dias 18 de Janeiro a 30 de junho. E se trata da primeira pesquisa nacional que analisa a efetividade das vacinas. Esse dado é diferente da eficácia vacinal, quando são analisados os dados em ambiente controlado.
A pesquisa também fez a análise da efetividade da vacina por faixa etária. Por exemplo, nos idosos acima de 60 anos, as duas doses da Coronavac previnem a hospitalização em 84,2% dos casos, e reduzem o risco de mortes em 76,5%. No caso da vacina da Aztrazeneca, houve redução do risco de hospitalização em 94,2% e redução do risco de morte em 93,3%
Já no caso de idosos acima de 90 anos, há uma grande queda na proteção. Ainda assim, a coronavac previne hospitalização em 32,7% dos casos e mortes em 35,4%, enquanto que a Aztrazeneca diminui o risco de hospitalização em 54,9% e de mortes em 70,5%. Com base nesses números, os pesquisadores disseram que os idosos dessa faixa poderiam se beneficiar de uma terceira dose, mas que ainda é preciso uma comprovação científica dessa tese.
Mas de qualquer forma, o Ministério da Saúde informou que a campanha para a terceira dose em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos começa no próximo dia 15.
Informações: Rádio Agência Nacional