O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG) afirma que “transportadores de combustíveis e derivados de petróleo” no Estado suspenderam suas atividades à zero nesta quinta-feira (21). A entidade, que representa as maiores empresas do ramo e não os caminhoneiros independentes, alega que “todas as transportadoras estão paradas” e informa que 800 caminhões estão fora de serviço devido à paralisação. Não há previsão para retomada das atividades.
Parte dos tanqueiros estão concentrados na portaria da BR Distribuidora, próximo à Refinaria Gabriel Passos (Regap), além de haver movimentação menor em outras distribuidoras em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há indicativo de bloqueio de rodovias.
“Em protesto contra o ICMS dos combustíveis em Minas e os altos custos dos combustíveis praticados pela Petrobras, dois caixões, simbolizando a ‘morte do frete’, foram colocados na entrada da BR Distribuidora. O movimento também está sendo realizado no Rio de Janeiro e Espírito Santo”, divulga o Sinditanque-Mg. A O TEMPO, a entidade diz que a manifestação deve ocorrer, posteriormente, em São Paulo, ainda nesta quinta-feira.
Em resposta ao movimento, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) emitiu uma nota em que avaliou que “se o movimento durar mais do que 24 horas”, é possível que “haja desabastecimento em postos” com estoques mais baixos no Estado.
“Diante do anúncio do Sinditanque-MG que 100% da categoria aderiu à paralisação desta quinta-feira, o Minaspetro informa que apoia o pleito dos caminhoneiros e tem trabalhado junto às autoridades para buscar soluções que reduzam o ICMS dos combustíveis. A avaliação atual é que se o movimento durar mais de 24 horas, é possível que haja desabastecimento em postos que apresentavam estoques mais baixos”, diz o texto.
Apesar do apoio, o Minaspetro ressalta que “em um momento de forte instabilidade, em que a população já sofre com altos preços e desemprego por causa dos efeitos da pandemia, a realização de greve não é o caminho ideal para a solução do problema”.
“O setor de combustíveis tem vivido uma intensa crise nos últimos meses, com ameaça de falta de produto pela Petrobras, escalada de preços e instabilidade internacional. A redução do preço dos combustíveis é uma luta antiga do Minaspetro, que tem dialogado permanentemente com o governo de Minas para buscar alternativas para cessar os aumentos do PMPF – base de cálculo para o tributo –, propondo o congelamento do preço de pauta, como já foi realizado por alguns estados da federação”, acrescenta a entidade.
Informações do jornal O Tempo/