10 anos sem o ex-prefeito Arnô Napoleão

Há dez anos, em 18 de maio de 2012, os barrosenses foram impactados pela notícia do falecimento do seu ex-prefeito Arnaud Baldonero Napoleão, popularmente conhecido como Arnô, que governou a cidade no período de 2005 a 2008.

Na ocasião, ele estava a trabalho na Universidade Federal de São João del-Rei, onde foi professor e coordenador do Curso de Administração. Lá acabou se sentindo mal e foi levado à Santa Casa da cidade, sendo transferido às pressas para Belo Horizonte.

Já no Hospital Vera Cruz, na capital do Estado, deu entrada para realizar um cateterismo para desobstrução de veias do coração. No entanto, acabou não resistindo e foi a óbito, aos 59 anos de idade, deixando esposa e dois filhos.

O historiador barrosense Wellington Tibério levantou algumas informações importantes sobre sua vida em prol do Município, destacando que sua gestão foi marcada pelo dinamismo cultural e projeção do nome de Barroso através dos eventos como o Festival Barroso Cultural, que, em uma bem sucedida parceria com a UFSJ e com a empresa Holcim, trouxe a Barroso grandes shows em praça pública, a exemplo da banda Roupa Nova, além de promoções como Encontros de Carros Antigos e Encontros de Bandas. Aliás, sua paixão pela música e de forma especial pela Banda Municipal de Barroso fez com que a centenária corporação musical gravasse seu primeiro CD, revelando o talento dos músicos locais.

Outra paixão do ex-prefeito era a pintura, motivo pelo qual requisitou do artista José Luiz a pintura dos retratos dos ex-prefeitos e membros da comissão de emancipadores de Barroso em 1953, remodelando a galeria dos ex-prefeitos do município.

Seu carinho pela história de Barroso também merece destaque, pois foi responsável pela aquisição do imóvel da estação ferroviária, que há mais 20 anos encontrava-se embaraçada, onde pretendia implementar um museu. Foi também o primeiro gestor a valorizar a memória do escritor barrosense Basílio de Magalhães, através de um concerto na Matriz de Sant’Ana, apresentado pela Orquestra de Câmara do Sesi Minas.

Ainda sobre Basílio de Magalhães, registrou com muito orgulho a visita de seus netos a Barroso durante seu cinquentenário de seu falecimento, em 2007, ainda resgatando o dobrado Basílio de Magalhães, eternizado pela Banda de Música com arranjos do maestro Aloísio de Assis.

No plano cultural, Tibério lembra que o ex-prefeito tinha planos de revitalizar a chamada Praça do Obelisco e resgatar o monumento a Moisés, que há anos vem se perdendo nas dependências da Copasa.

Contudo, quis o destino que sua carreira política terminasse antes que seus sonhos de uma Barroso mais cultural se efetivassem, em virtude do trágico e inesperado falecimento.

Nesta singela homenagem ao perfil cultural do ex-prefeito, Tibério resgatou uma tela de 1987 [foto abaixo], da primitiva Capela de Sant’Ana do Barroso, revelando uma faceta artística de Arnô e seu carinho com as raízes de nosso Município, ao reproduzir o símbolo maior de nossa origem através da pintura.

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