Uma nova espécie de libélula foi encontrada em Barroso em março do ano passado na Cachoeira do Padeiro, durante um projeto de pesquisa. O objetivo desse projeto é conhecer a fauna de insetos, aracnídeos e anfíbios da região da Lajinha, Mata do Baú e Cachoeira do Padeiro.
A libélula foi descrita pelo Doutor Diogo Vilela, da Universidade de São Paulo (USP) e pelo professor e biólogo barrosense Marcos Magalhães, do IF Sudeste, Campus Inconfidentes, em um artigo foi publicado no início deste ano pela revista Zootaxa.
Marcos nos conta como percebeu que a libélula se tratava de uma nova espécie e como se deu a publicação desse trabalho.
“Cada espécie tem sua morfologia própria. […] algumas características diferenciavam como, por exemplo, uma estrutura chamada “Cerco” que ele usa para acasalamento, a genitália e outras estruturas morfológicas do animal. Aí então a gente observou essas diferenças, características essas que não estavam presentes nas espécies já descritas. […] Então a gente bateu o martelo que de fato é uma espécie nova.”
“[…] O bicho já existia obviamente, mas ele era desconhecido para a ciência. Então, quando a gente manda para a revista, ela envia o nosso artigo para outros especialistas, para que eles avaliem o trabalho e verifiquem se de fato é ou não nova, (…) eles concordaram e a gente publicou o trabalho.”
Lembrando que outras duas espécies foram descobertas na Mata do Baú em 2010 e receberam o nome de Heteragrion Thais e Heteragrion Cyanea. O inseto recém descoberto recebeu o nome de Progomphus Teolitavius que segundo o professor, é uma homenagem aos seus três filhos.