Mulher tem salário maternidade negado após INSS confundir dados dela com os da irmã gêmea em Barbacena

A maquiadora Eliane da Silva Zille teve o benefício de auxílio salário maternidade negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Barbacena. Ela realizou o pedido, mas ele foi indeferido pelo órgão, que alegou que ela já o recebia. Os dados, na verdade, estavam misturados com o da irmã gêmea dela.

À reportagem da TV Integração, Eliane relatou estranheza ao ter o pedido negado e revelou que ao consultar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dela, percebeu que apareciam os dados da irmã gêmea, que também havia dado à luz um bebê e já recebia uma salário maternidade. Diante da negativa do auxílio, a mulher tem dependido da renda do marido para pagar as despesas.

A produção da TV Integração entrou em contato com o INSS para saber se há previsão de quando a confusão poderá ser resolvida, mas até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.

Eliane teve um filho há cerca de 8 meses e ainda não conseguiu receber o auxílio.

A irmã gêmea de Eliane teve um filho em abril e entrou com o pedido, já Eliane, que teve o filho em agosto, não conseguiu o benefício.

“Quando eu dei entrada no auxílio maternidade, eu já estava com o nome de casada e minha irmã também com nome de casada, que é bem diferente do meu. Porém o INSS alegou que dei entrada com dois pedidos”.

A advogada Josania Cunha explicou que o ideal nesses casos é procurar o INSS para tentar solucionar o problema e que, caso não seja possível o acordo, procurar a ajuda de um profissional.

“Nessas situações existem alguns caminhos, a segurada pode entrar em contato com o INSS e requerer um atendimento especializado para tentar uma reabertura, porém o problema é a morosidade para realizar o processo. Outra opção é entrar com o recurso, que também pode cair no mesmo problema e ficar em análise por muito tempo. Sendo assim, oriento a procurar um advogado para entrar com uma ação”.

Esse não é um caso isolado, segundo a plataforma Dados Abertos do INSS, nos últimos seis meses, 43 benefícios de auxílio salário maternidade foram indeferidos pelo órgão em Minas Gerais por divergência de informações entre documentos.

Informações: G1

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