De acordo com a 1ª Vara Criminal, audiências de custódia foram iniciadas nesta quinta-feira e vão continuar na sexta, incluindo a de Rafael Gomes.
Movimentação de R$ 1 bilhão
As investigações, segundo a promotoria, teriam começado há dois anos, levantando informações sobre adulteração de veículos que, após troca de peças, eram usados no tráfico de drogas. Da alteração e remontagem dos carros, inclusive, teria surgido a referência para a operação.
A organização criminosa seria estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela:
- logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;
- setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;
- setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;
- núcleo de liderança, que coordena e controla as atividades.
Shows
Ainda segundo as investigações, donos de comércios e empresários do meio artístico fariam parte do esquema, sendo responsáveis pela lavagem de dinheiro. Alguns shows em Juiz de Fora, inclusive, estariam relacionados à prática criminosa.
Conforme o órgão, as provas demonstram a relação simbiótica que existe entre a “organização criminosa desarticulada com outras associações para a prática permanente de diversas atividades ilícitas, como comércio ilegal de peças e de veículos provenientes de crimes, tráficos de drogas locais, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro”.