Das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a chikungunya é a única que apresenta aumento de casos este ano em comparação com 2019, ano do último levantamento antes da pandemia. Até o momento foram confirmadas 93 mortes de chikungunya no Brasil, sendo que o Ceará concentra mais de 40% delas. Os dados são do último Boletim Epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde nesta semana.
O município que apresenta mais registros de casos prováveis de chikungunya é Fortaleza, capital do Ceará, com 760 casos a cada 100 mil habitantes. Esse número é quase dez vezes maior que a média nacional. Entre janeiro deste ano e o dia 17 de dezembro, houve um aumento de um terço dos casos da doença em comparação com 2019. O ano é usado como referência por causa do isolamento social durante a pandemia, que contribuiu para a diminuição generalizada de casos.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Fortaleza, 400 mil imóveis devem ser inspecionados para o combate de focos do mosquito até fevereiro do ano que vem, antes do período chuvoso mais intenso na região. Segundo o Ministério da Saúde, a chikungunya causa febre nas duas primeiras semanas, no entanto, em mais da metade dos casos, também provoca dor crônica nas articulações, o que pode persistir durante anos.
Por outro lado, as outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti diminuíram em 2022, em comparação com o período pré-pandemia. Até agora, os casos de dengue e zika caíram cerca de 8% em relação a 2019. Mas os estados de Goiás e do Rio Grande do Norte ainda concentram a maior quantidade de casos prováveis, respectivamente, de dengue e zika.
Informações da Agência Brasil