Por falta de repasse da União, SAMU ameaça paralisação em Minas, afetando atendimento na região, incluindo Barroso

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pode ter suas atividades interrompidas em todo o estado de Minas Gerais — e Barroso, que integra a região Centro-Sul, também está entre os municípios ameaçados. O alerta foi feito nesta semana por Carlos Dú, presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Centro-Sul (CISRU) e prefeito de Barbacena, durante reunião da Associação Mineira de Municípios (AMM), realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo ele, o colapso do serviço é iminente, devido à ausência de repasses por parte do Governo Federal. “O SAMU de Minas Gerais vai parar. Não é uma hipótese, é uma realidade que já está batendo à porta”, declarou. O déficit estimado apenas para o ano de 2025 é de aproximadamente R$ 9 milhões — valor que deveria ser custeado com recursos da União, mas que até agora não foram transferidos.

Barroso é atendida por uma Unidade de Suporte Básico (USB), que integra a estrutura do CISRU — consórcio responsável pelo SAMU na região Centro-Sul de Minas. A cidade pertence à microrregião de São João del-Rei e depende do serviço para atendimentos de urgência e emergência.

Atualmente, o SAMU da região cobre 51 municípios consorciados, com sede em Barbacena, e atende a uma população estimada em mais de 760 mil pessoas. Desde sua implantação, em março de 2012, o serviço tem sido fundamental para o atendimento rápido e eficiente de vítimas de acidentes, quadros graves de saúde e situações críticas.

Diante do risco de paralisação, representantes do CISRU e do SAMU devem retornar a Brasília na próxima semana para buscar uma solução junto ao Governo Federal, que deixou de repassar os 50% dos recursos previstos para o custeio. A mobilização conta com apoio de prefeitos, parlamentares e da sociedade civil, que esperam evitar a interrupção de um dos serviços mais essenciais do sistema público de saúde.

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