Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que, nas eleições municipais de outubro, 214 cidades em todo o país terão apenas um candidato a prefeito registrado na Justiça Eleitoral.
De acordo com a CNM, este é o maior número de candidaturas únicas na disputa municipal desde 2000, quando a confederação iniciou a análise das eleições.
Segundo a Lei de Eleições, o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluindo brancos e nulos, é eleito para o Executivo municipal. Na prática, especialistas em Direito Eleitoral apontam que um candidato único pode ser eleito com votos apenas de si mesmo.
Em 2020, nas últimas eleições municipais, o número de candidaturas únicas a prefeito foi de 107. Agora, o aumento de candidatos únicos ocorre em um contexto de diminuição geral no número de candidaturas ao cargo de prefeito: de 19.379 postulantes em 2020, a quantidade caiu para 15.441 em 2024, uma redução de 20,3%.
As cidades com apenas um candidato à prefeitura em outubro têm, em média, 6.700 habitantes. Borá, o menor colégio eleitoral do país com apenas 1.094 eleitores, também terá um candidato único ao Executivo municipal.
A maior parte desses municípios está localizada no Rio Grande do Sul (43), seguido por Minas Gerais (41), São Paulo (26) e Goiás (20).
De acordo com a CNM, os candidatos únicos são predominantemente homens brancos e casados, com idade média de 49 anos. A maioria (64%) pertence a quatro siglas: MDB, PSD, PP e União Brasil, e está buscando a reeleição neste ano.
Com informações de g1