Nos últimos meses, Barroso tem passado por crises de intolerância entre cidadãos. É nítido o aumento do índice de violência e sua forte presença nos lares e também em espaços públicos, eventos e festas promovidas no município.
Dentre os problemas mais recorrentes estão brigas generalizadas, ataques com armas brancas e disparos de armas de fogo. Os barrosenses se mostram preocupados e apavorados quanto à participação em festividades, por exemplo.
As últimas notícias relacionadas trazem comentários de populares que confirmam tais receios e também uma cobrança em relação a segurança.
“Definitivamente Barroso está cada vez pior, dá medo sair de casa, estamos vivendo trancados em casa, com medo de poder sair em Barroso (…). O policiamento deveria ser redobrado […]”, comentou uma internauta em uma publicação nas redes sociais da emissora.
O Comandante do 2º Pelotão da 190ª Cia de Barroso, Tenente Nascimento, disse estar ciente das cobranças por policiamento, pois se trata de um serviço primordial da Polícia. O militar ainda informa haver um monitoramento de todos os envolvidos, realizando a prisão daqueles que gerenciam os atos, enfraquecendo a criminalidade local.
A reportagem foi as ruas e conversou com Fernando Andrade, morador do Nova Barroso. Ele diz que as pessoas estão perdendo o amor pelo próximo e isso pode ser a causa para a intolerância. Segundo o cidadão, a culpa não seria do policiamento ou da administração, pois em Barroso há diversos pontos de acesso, dando amplitude ao seu entorno, isso gera dificuldade para monitoramento e controle, dando margem para incidentes.
Para tentar coibir os atos criminosos, Fernando sugere a instalação de barreiras no evento, deixando apenas dois pontos de acesso, um para entrada e outro para saída, sendo realizada uma revista pela segurança. Outra saída seria encontrar espaços onde não há amontoados de gente, evitando possíveis contratempos.
Há inúmeras causas que incitam estes crimes e desentendimentos, muitos relacionados a comercialização e/ou uso de entorpecentes, além do desrespeito, a importunação e rixas.
Para entender as causas, nossa equipe entrou em contato com a Psicóloga, Cíntia Campos, que explica haver um agravamento da ansiedade, depressão e demais transtornos, que acometem a maior parte das pessoas. Durante o período de pandemia, as patologias emocionais da mente foram severamente afetadas. Então, esta intolerância é explicada pelos efeitos do imediatismo, do senso crítico e também egoísta, sintomas que evidenciam este adoecimento.
Nesta linha, diante os futuros eventos que ocorrerão na cidade, como é o caso do carnaval, o Tenente Nascimento informou haver um planejamento junto a Prefeitura e também uma reunião com os líderes dos blocos de carnaval, a fim de promover um evento seguro e de qualidade para os cidadãos. Além disso, haverá efetivo de outras cidades em apoio aos policiais trabalham rotineiramente na cidade.
A emissora entrou em contato com a Prefeitura em busca dos detalhes deste planejamento, contudo, não houve resposta até o fechamento desta matéria.
